A desistência de Simone Biles de várias competições nos Jogos Olímpicos trouxe uma preocupação especial com a saúde mental do atleta. Afinal, qual é a relevância desse tema no cenário atual?
Sabemos que um atleta de alto rendimento não depende só do físico para ir bem. Há muito mais além disso. Para saber mais, leia até o final!
A importância da saúde mental do atleta
Um atleta de alto rendimento tem de se importar também com a parte psicológica e mental, e não apenas com o físico. Isso é importantíssimo para manter um bom desempenho e, acima de tudo, cuidar da sua saúde.
Dessa forma, a saúde mental do atleta está mais em debate do que nunca, especialmente pelo caso da ginasta Simone Biles, que decidiu se retirar de diversas competições nas Olimpíadas de Tóquio.
É de certa forma normal do atleta se cobrar ao máximo, com metas que desafiam todas as metas. Isso, porém, é algo que abala o aspecto metal.
E, como sabemos bem, a mentalidade é preponderante para manter um equilíbrio emocional, a autoconfiança, a motivação e diversos elementos que são vitais para que você esteja em boas condições durante a competição.
Além disso, é através desse equilíbrio emocional que aprendemos também a lidar com as frustrações das derrotas. Estar abaixo do que planejamos nem sempre é fácil, mas devemos saber lidar da melhor maneira.
Em vez de deixar nosso mundo acabar por conta dessas frustrações, é muito mais saudável aprender a lidar com isso e a tirar das situações motivação e força, concorda? Até porque essas expectativas exageradas sobre nós mesmos normalmente não partem dos outros, mas sim de nós.
Ao final, tudo isso pode acabar gerando quadros ainda mais prejudiciais para o ser humano que constitui o atleta de alto rendimento. Assim, sintomas como a depressão, as crises de ansiedade e o estresse podem surgir.
Então, perceba que a importância da saúde mental do atleta é total para que ele esteja em condições de participar plenamente das suas atividades. E como vamos ver abaixo, é ainda mais desafiante em tempos de pandemia.
A influência da pandemia
Bom, se a saúde mental do atleta deve ser lidada com especial atenção em tempos normais, durante a pandemia de covid-19 isso é um desafio a mais. É dentro desse panorama, por exemplo, que se deu a desistência de Simone Biles em Tóquio, sobre a qual falamos antes.
Com relação a isso, aliás, algumas confederações esportivas criaram indicações específicas para atletas e treinadores. Dessa forma, este é o caso também do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que criou uma cartilha com orientações.
Primeiramente, o próprio documento do COB desde seu início ressalta e reconhece que a saúde mental do atleta é tão importante quanto a física. E isso tanto para a parte humana, digamos assim, quanto para o rendimento nas competições.
Além disso, uma pesquisa conduzida nos Estados Unidos traz alguns elementos que podemos levar em consideração. Desse modo, alguns resultados do estudo trazem fatores que merecem ser levados em consideração:
- Antes da pandemia, cerca de 4% dos atletas se dizia depressivo mais da metade dos dias da semana, enquanto durante a pandemia esse número cresceu para 22,5%;
- Também antes da pandemia, 4,7% se sentia ansioso e nervoso durante mais da metade dos dias da semana, número que cresceu para 27,9% após o início da covid-19.
Portanto, perceba que, somente em relação à depressão e à ansiedade, os números tiveram um crescimento vertiginoso. Por isso, é mais importante do que nunca pensar em como lidar com isso.
Exemplos de atletas que sofreram com isto
Acima, quando falamos da importância da saúde mental dos atletas, citei o exemplo de Simone Biles nas Olimpíadas de Tóquio. Porém, essa não foi a primeira vez que algo semelhante aconteceu e a pandemia não é a única responsável por trazer essas preocupações.
Por isso, veja alguns exemplos de outros atletas que passaram por isso:
- Adriano: em suas redes sociais, o atleta revelou que sabe exatamente o que Biles está passando;
- Nilmar: o jogador de futebol, com passagens por Inter, Corinthians, Viillarreal e outros clubes, largou o esporte por conta da depressão;
- Visin: Seid Visin, atleta das categorias de base do Milan, cometeu suicídio no início de 2021, aos 21 anos;
- Cabrera: Emiliano Cabrera, uruguaio, infelizmente tomou a mesma ação de Visin, tirando a própria vida.
- Phelps: o ex-nadador lendário Michael Phelps revelou também ter sofrido com problemas como este.
Perceba, então, que há vários exemplos, e poderíamos falar de muitos mais aqui. A saúde mental do atleta é assunto sério e merece ser tratada dessa forma. Não se esqueça que, acima de tudo, você é um ser humano, não uma máquina.
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